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João Alexandre

João Santos, frequentador sentado em uma poltrona, olhando para a frente.

João Alexandre

O Ser Humano é ilimitado, o nosso principal limitador é o medo!

João Santos, frequentador sentado em uma poltrona, olhando para a frente.

Como João perdeu a visão

Quem conversa com  o João Alexandre, logo percebe que está falando com uma pessoa de bem com a vida. O paranaense que chegou em São Paulo em 1985, nasceu com problema no nervo ótico, que no decorrer da vida foi pouco a pouco atrofiando,até que em 2005, quando era comerciante, acabou por perder completamente a visão. “Nos primeiros meses fiquei em pânico, não queria sair de dentro de casa” – revela João com certa apreensão, como se vivesse novamente os momentos do passado.

O reaprendizado

Há 10 anos, convivendo sem a visão. João Alexandre “correu atrás” do prejuízo, fez o treinamento de orientação para a mobilidade. Faltava ainda a confiança para andar pelas movimentadas ruas de São Paulo. A confiança veio um empurrãozinho. Um dia foi a um curso e seu acompanhante teve que voltar mais cedo, apesar de já ter tido o treinamento de orientação para a mobilidade e saber se movimentar, o medo ainda o dominava. O empurrão valeu a pena, naquele dia ele teve que voltar sozinho. Superou o medo e conseguiu chegar em casa. A partir desse dia, nunca mais precisou de acompanhante para se movimentar pelas ruas e transporte público de São Paulo.

Essa foi apenas a primeira vitória. João Alexandre tornou-se massoterapeuta profissional. Hoje atende clientes em suas residências ou  empresas. Aplica diversos tipos de massagem, tais como shiatsu, quick massage, massagem facial, entre outras. No Cadevi ele participou e participa ativamente de diversas atividades: caratê, aperfeiçoamento de Braile, condicionamento físico e informática. O sentimento de gratidão faz com que ele deseje o próximo passo. Ele pretende se inscrever como voluntário para aplicar massagens nos freqüentadores do Cadevi.

A dificuldade do deficiente visual

Quando questionado sobre a principal dificuldade para o deficiente visual atualmente, ele não tem dúvida que o momento inicial da perda da visão é o mais crítico. Vencer o medo e sociabilizar é a parte mais complicada no começo. Mas logo depois, um grande problema é o preconceito. A sociedade vê o deficiente visual como incapaz e isso não é verdade. O cego deve reaprender algumas coisas, mas ele é tão capaz como qualquer outra pessoa. Tudo depende da sua força de vontade. Ele atribui essa percepção à falta de informação da população sobre a deficiência visual.  Por outro lado, o ponto positivo na visão de João Alexandre é a disposição do povo brasileiro para ajudar. Sempre que necessário, alguém vem para ajudar o cego a fazer um desembarque ou atravessar a rua.

A superação

Vivendo sozinho há alguns anos após o divórcio, João Alexandre tem uma vida 100% independente, fazendo sua própria comida, participando de treinamentos no Cadevi além de ser fotógrafo amador nas horas vagas. Encerra com uma frase inspiradora para quem está iniciando a luta do reaprendizado após perder a visão:

“O Ser Humano é ilimitado, o nosso principal limitador é o medo!”

Há diferentes formas de ajudar, se você pode doar, será um prazer receber sua doação.

Uma forma simples de ajudar é compartilhar nas redes sociais, clicando nos botões abaixo:

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